terça-feira, 26 de abril de 2011

Teologia humanista.






A teologia humanista sempre andou em paralelo com a leitura teológica oficial da igreja, lembre-se que a questão do sentimento parece algo tão forte que muitos descartam a palavra como autoridade oficial e final da fé cristã. Muitos anos depois dos concílios de nicéia e calcedônia percebemos que em linhas gerais a teologia deixou de ser uma ciência que vive da investigação da revelação escrita e passou a ser uma ciência subjetiva, emocional e sem vias de certo ou errado.




Este viver teológico implica em três fundamentos principais: 1. A não existência de normas para a vida eclesiástica; 2. Toda percepção teológica é relativa ao tempo e ao homem sendo então todas as percepções verdadeiras; 3. Não há mais o conceito de salvação como graça imerecida e sim como livre escolha humana. Veja que comparada com os princípios bíblicos estes extremos teológicos compõem uma outra percepção do cristianismo.



Segundo os textos sagrados a revelação progressiva de Deus para o homem encerrou-se na própria palavra. Não há revelações continuadas e sim um momento em que a autoridade da palavra esta acima do meu eu e do meu querer. A teologia passa a ser vazia quando subjetivamos a compreensão da verdade e em busca de um diálogo sincrético abrimos mão dos valores entendidos como certos e passamos a tratar o cristianismo como um fenômeno, proporcionalmente verdadeiro para aqueles que nele crêem, assim como qualquer religião é verdadeira para o grupo onde ela esta inserida.



A grande luta para nós teólogos da palavra é viver como seres pensante em meio a um ambiente acadêmico que desvaloriza, minimiza e ridiculariza o discurso de revelação infálivel. Não se trata de uma guerra religiosa e sim de uma defesa da verdadeira fé cristã. Há uma busca acadêmica para o fim dos dogmas e pela fragmentação do texto sagrado, isto levará o cristianismo a um conceito muito mais social do que religioso. "A religião seria então o fruto da ignorância humana".



Podemos notar que dois passos necessitam ser dados em direção a teologia propriamente dita: 1. Não abrir mão do conceito revelador absoluto de Deus através de sua palavra e 2. Tratar como desvio de percepção acadêmica e religiosa tudo o que leva a diminuição de Cristo como Deus revelado. Sem estes dois conceitos chaves o cristianismo passa a ser simplesmente um rato de laboratório pronto a ser analisado de forma fria e com preceitos contrários a sua essência. Como teólogos devemos viver para a glória de Deus e não para a nossa própria glória.

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